Já dizia uma música, “brincadeira de criança, como é bom,
como é bom, guardo ainda na lembrança, como é bom, como é bom, paz a mor e
esperança”...
Pois bem, em um longínquo país da fantasia, havia seres
humanos que gostavam de atuar como se fossem crianças, e essa música parecia
ser o lema de lá. Um vice- rei, por exemplo, de nome Tropeço, ficava sempre
aplaudindo e bajulando seu monarca sempre que a situação estava boa. Mas
depois, quando não estava assim, gostava
de alfinetá-lo e parecia querer tomar seu lugar.
Certa vez, mandou que seus subordinados enviassem a cada
casa uma carta de sua autoria explicando que estava se sentindo menosprezado, e
que não via confiança por parte do rei sobre ele. Parece que não surtiu efeito,
pois ninguém se sensibilizou com isso.
Ora, ali existia uma votação para a escolha do rei, e de 10
em 10 anos uma nova eleição era feita. E esse vice-rei já estava no segundo
mandato, portanto, já sabia com quem andava e como era o rei.
Não era só ele que agia assim, no parlamento também o que
mais tinha era gente brincando de ser criança. Um dia um era amigo do outro,
porém, já no outro era inimigo declarado. Além disso, tinha inclusive um
palhaço de circo que atuava ali, seu nome era Tororomba. Houve um tempo em que
não estavam gostando da atuação do monarca, e assim decidiram expulsá-lo de lá.
Foi uma coisa de doido, com pronunciamentos de assustar até mesmo crianças que
estão ainda no “prezinho”. Foi um Deus
nos acuda, e acabaram por expulsá-la.
O tal do vice-rei assumiu, e ninguém entendeu nada disso, já
que também atuava em conluio com o antigo rei, e, assim, tinha culpa no
cartório. Estranhou também o fato de que, antes de o rei ser expulso, nomeou
como bobo da corte um antigo aliado para que este não fosse pego pelas mãos da
justiça em uma operação contra a corrupção. Foi uma algazarra total, a
população ficou maluca, uma emissora chamada Mundial mostrou em primeira mão a
notícia etc. Isso realmente foi uma atitude temerosa do monarca.
Porém, assim que Tropeço assumiu, sete bobos da corte foram
nomeados na mesma situação e ninguém se manifestou, muito menos a tal da
Mundial. Além disso, juristas vieram defender a nomeação, dizendo que no
momento apenas suspeitas pairavam sobre eles, nada mais do que isso.
Nesse país da fantasia só está faltando agora um detalhe,
trocar o nome de quem trabalha para lavorador, porque é mais bonito, já que
trabalhador é muito feio. Por enquanto nada mais de novo vem acontecendo, e
parece que finalmente conseguiram acabar com a corrupção, graças a Deus!