quinta-feira, 31 de maio de 2018

A coisa

Quem passava pela rua não percebia, mas a coisa estava ali à tona. Pessoas passavam rápido, com pressa de chegarem aos seus lares, compromissos, namorados etc.
Observava a um canto, já que estava com meu tempo livre. Uma ou outra pessoa a via, mas nem dava bola. Outras a viam e até paravam um tempo. Porém, rapidamente se recuperavam do pequeno encanto.
Essa coisa persegue o homem desde o tempo das cavernas, e é essencial para a vida humana, mesmo que aparentemente não pareça. Crianças, casais apaixonados e filmes a amam, e sempre que ela aparece se fazem grandes urras e vibrações, Ela já presenciou grandes acontecimentos, seja para o bem ou mesmo para o mal. Esteve no tempo de Jesus, nas guerras napoleônicas, nas crises e golpes globais etc.
Mas parece que atualmente ela ficou desinteressante. A televisão, as tecnologias, o celular (esse principalmente), alienaram as pessoas e as tornaram indiferente a essa coisa. Até eu, na minha insípida ignorância, me vi um dia achando-a sem graça, pensando ser muita infantilidade ficar admirando-a, resultando até em uma certa imbecilidade. Neste dia concordei com esse meu pensamento, mas depois parei e pensei: quero ser imbecil e infantil.Naquele momento parei, meditei, e percebi a força que ela traz à alma da pessoa.
Estou falando, da lua caríssimos, especialmente da lua cheia, essa lua que encantou e encanta gerações, e que até fez o homem visitá-la (será?). O fato é que a vida muda muito na Terra, mas uma das únicas coisas que parecem infinitas é a lua, que sempre iluminou e vai continuar iluminando a todos até o fim dos tempos.