segunda-feira, 7 de agosto de 2017

De quem é a culpa?

Vejo um país cada vez mais afundado em corrupção e violência, o que gera nas pessoas de bem, que não são poucas, um sentimento de não pertencimento ou de repugnação ao país em que vivem. Confesso também estar movido por esses sentimentos. Vejo isso quando não tenho a mínima vontade de levantar e cantar o hino nacional nos eventos. Acredito que para muitas pessoas também ocorre isso.
Pois bem, a pergunta que não quer calar então é: Existe uma saída para isso? E se sim, ainda há tempo? Creio que a resposta se dá com uma única palavra, educação. Mas, o que vemos é exatamente uma "antieducação". Escolas sucateadas, enino ainda patriarcal e pouco encorajador aos alunos, falta de profissionalismo de diretores e professores, uma "reforma" mal feita no ensino médio etc.
Sem educação não se sabe reclamar, e se tem ignorância de muitos assuntos. No Brasil, poucos sabem, ainda, que o lixo que se joga no chão vai acumulando, e, nas chuvas, entope as valas, causando inundações; que o plástico usado diariamente, seja para beber, comer ou mesmo brincar, demora vários séculos para se desfazer na natureza, e já entulha os oceanos, matando baleias, tartarugas e até pássaros; que a carne bovina comida advém de pastos localizados em áreas de florestas desmatadas do cerrado ou da amazônia, e, que, entre outros motivos, são os causadores da falta de chuva no país. 
Não são todos, obviamente, mas me parece ser da natureza do brasileiro querer se dar bem em tudo, mesmo que passando por cima de outros. É fácil ver isso quando alguém fura uma fila, falsifica identidade ou carteira estudantil, compra celulares sem nota fiscal na rua etc. Então, tudo isso se reflete nos políticos que aí estão nos representando. Estes são só uma amostra do que é a sociedade como um todo. Há ainda uma perversidade na lei eleitoral que poucos ou ninguém sabe direito: o tal do coeficiente eleitoral. Ele é o seguinte, quando alguém vota no candidato X do partido Y, mesmo sendo ele honesto, esse voto faz com que outros do mesmo partido, corruptos e pilantras, mesmo não tendo sequer sido votados direito, se promovam só porque o partido recebeu muitos votos. Assim, se perpetuam no poder, mesmo que ninguém os queira ali. Esse assunto precisa vir à tona porque as eleições estão chegando. É preciso divulgação!
Ainda há esperanças? Creio que sim, mas antes o que precisamos é de uma verdadeira reforma política e educacional, que, em não acontecendo, deixa o país na mesma. Oremos!!